sábado, 12 de março de 2011


A Paz não se aquieta mais
Dentro de mim!

Não sou Atlas,
Mas carrego nas costas
O peso do Mundo.
O peso das convivências
Impiedosas
Que me atormentam o espírito.

O peso dos olhares impertinentes
Que me crucificam, da tolerância
Dissimulada
Que me esgota a alma.
O peso dos sorrisos,
Fingidos
Que me consomem a mente,
Da vileza sórdida
Que me rouba a seiva.

Que raio de gentes!

Só na vida alheia tropeçam
Isentas de indignidade.

Ai, essa maldita
Intromissão no alheio!
Ai, essa maldita
Farsa da unidade!
Ai, essa maldita
Mesquinhez do pré-conceito!

Que raio de gentes!

A Identidade, desprezam.
A Diferença, condenam.
A uniformidade, preservam
Como se o único lhes fosse alheio.
Em nome da impostura social
Que não pode ser adiada,
Em nome da falsa ordem,
Que não deve ser des-velada.

Isabel Rosete, in “Vozes do Pensamento”

3 comentários:

  1. Bom dia Isabel

    Entrei apenas para te desejar um bom dia, comentar sua obra é chover no molhado.

    Um abraço, paz e bem
    GERALDO RIBEIRO

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  2. Não percebi porque diz: "comentar sua obra é chover no molhado." Será que me pode esclarecer?
    Um abraço.

    ResponderEliminar
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